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quinta-feira, 5 de abril de 2012

Inaugurada sábado em Passo Fundo (RS), a 300 quilômetros de Porto Alegre, a primeira fábrica de guindastes da americana Manitowoc na América Latina deve alcançar um índice de nacionalização da produção de 70% em três anos. No início, a unidade vai operar com 30% de peças e componentes adquiridos no Brasil, enquanto o restante será importado pela empresa dos Estados Unidos. A partir de 60% de nacionalização, a Manitowoc poderá financiar as vendas pelo BNDES. Por enquanto, os ítens mais importantes comprados no Brasil são os motores Cummins, mas a participação crescente de componentes locais permitirá redução de custos e dará mais competitividade aos produtos finais, disse o presidente mundial da empresa, Glen Tellock. A partir de 2013 operações como usinagem, solda e pintura serão feitas internamente, por exemplo. "É por isso que estamos aqui", disse Tellock, sem precisar o potencial de queda de preços dos equipamentos produzidos no Brasil em relação aos importados. Segundo o presidente da divisão de guindastes, Eric Etchart, a redução dependerá do volume de produção e a operação no país permitirá um atendimento mais rápido dos clientes locais. "Nossa política é nacionalizar o máximo possível, assim como na China, onde 95% dos componentes usados pela unidade local", disse Etchart. A nova fábrica começará a produzir dia 16 e já tem seis guindastes encomendados para entrega até julho. No primeiro ano de operação ela será focada na produção do modelo RT (rough terrain, na sigla em inglês), para uso em terrenos acidentados e em grandes obras como hidrelétricas, estaleiros e refinarias, e até o fim de 2012 serão produzidas 44 unidades, disse o diretor-geral da Manitowoc no Brasil, Mauro Nunes. Cada uma custa até R$ 1,6 milhão e no ano passado a empresa vendeu 140 delas em todas as regiões do país. Conforme Nunes, em julho de 2013 entrará em operação a linha de gruas para construção civil. Em 2011 a empresa vendeu 60 unidades do modelo no Brasil, todas importadas. A capacidade de produção da fábrica, de 300 guindastes dos dois modelos por ano, deverá ser preenchida até 2017, quando o número de funcionários deverá chegar a 300, ante os 55 atuais. O executivo disse ainda que no terceiro ano de operação a fábrica deve gerar faturamento anual de R$ 250 milhões. No início, as vendas serão concentradas no mercado interno, mas nos próximos anos as exportações para outros países da América do Sul poderão absorver até 20% da produção. De acordo com o vice-presidente executivo da empresa para as Américas, Lawrence Weyers, a unidade de Passo Fundo tem 30 mil m2 de área construída, mas foi planejada para até triplicar de tamanho. A fábrica foi construída em um terrenos de 450 hectares doado pela prefeitura, que concedeu isenção de IPTU para o projeto. O investimento total da fábrica somou R$ 75 milhões e será integralmente financiado pelo programa de incentivos fiscais Fundopem, do governo estadual, que prevê a redução no recolhimento do ICMS pela empresa durante até oito anos. FONTE - SINDIPESA