Superpesa transportará quatro Reatores da Confab para a Replan
De acordo com a empresa, essa é a maior carga transportada em linhas de eixo no
Brasil (total de 30 eixos). O processo de viabilização desse transporte durou
quase um ano de planejamento, envolvendo cliente, concessionárias de rodovias,
DNIT, DER-SP, PRF, prefeituras, entre outros.
Enquanto a micro tecnologia dá seus primeiros passos com os micros reatores,
o mercado de reatores convencionais, sobretudo para atender a onipresente
Petrobras, continua a ocupar as caldeirarias do Brasil e de algumas partes do
mundo. Com suas várias remodelações e ampliações no refino, nos últimos anos
houve concorrências importantes, muitas delas internacionais, em virtude de
novas exigências técnico-operacionais da empresa.
As mudanças principais se referem a novos patamares de pressão e temperatura
dos reatores, porque a Petrobras está processando um petróleo mais agressivo e,
por outro lado, porque as restrições ambientais são agora maiores para a
operação. Isso levou a empresa a pedir em concorrência novos materiais, com
destaque para o aço cromo-molibdênio-vanádio, até então inédito em fabricantes
locais e só disponível por fornecedores de países como Itália, Japão, Coréia e
Índia.
Essa nova exigência levou a principal empresa da área no Brasil, a Confab, a
correr atrás de um parceiro internacional para dominar a tecnologia do aço
cromo-molibdênio-vanádio. A saída foi assinar em julho de 2010 um acordo de
cooperação técnica com a japonesa IHI Corporation. “Eles transferiram o know-how
que permitiu soldar os anéis forjados com esse material para construir o
reator”.
A iniciativa rendeu o atual grande fornecimento da Confab, para a Galvão
Engenharia, empresa que entregará quatro reatores de 380 t cada para a Refinaria
de Paulínia (Replan), já considerados os maiores do Brasil. Os anéis forjados,
com aço de espessura de 132 mm, foram importados da Itália, e os equipamentos
têm previsão de entrega até o final de 2012.
Com o domínio dessa tecnologia, a Confab se torna ainda mais competitiva,
firmando-se como a única no Brasil capaz de enfrentar empresas internacionais em
concorrências da Petrobras para reatores com materiais especiais e exigências de
espessura e tamanhos muito grandes. Para começar, a empresa tem uma das maiores
calandras para dobrar aço do país, com capacidade para até 150 mm de espessura.
Mas o seu principal diferencial com relação a outras caldeirarias nacionais, é o
fato de a empresa conseguir em sua fábrica de Moreira César-SP processar vários
materiais para reatores especiais: aço carbono, cromo-molibdênio, aço inox, aço
clad (de alta resistência mecânica e química).
FONTE - SINDIPESA
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