Boca no Trombone

Aproveite também nosso Twitter com informações dinâmicas
www.twitter.com/pontodopesado

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

PERSPECTIVAS À LOGÍSTICA EM 2011


Diretor da Tigerlog revela expectativa do setor 2011 será um ano de muitos DESAFIOS e OPORTUNIDADES para os profissionais de logística, principalmente para aqueles que atuam mais próximos aos canais de distribuição, em especial o pessoal voltado à distribuição de produtos acabados e atendimento ao Cliente. O ano também reservará fortes emoções para o pessoal dos armazéns.

Desde o final do ano de 2009 temos vivenciado a pressão das Transportadoras e Operadores Logísticos por reajustes nos preços dos serviços prestados, sinalizando patamares acima da variação de indicadores como o IGPM e o IPCA. Essa pressão se intensificou ao longo de 2010 e será ainda maior em 2011.

As reivindicações das Transportadoras embora pareçam na contramão da qualidade dos serviços prestados, estão fundamentadas no aumento dos custos que vem ocorrendo há mais de 15 anos. Um dos principais insumos do Transporte, o óleo diesel, sofreu um reajuste de cerca de 500% entre 1995 e 2010. Se ele responde por cerca de 30% a 35% dos custos totais, por si só representaria um aumento na tarifa de frete de mais de 150%. Além do óleo diesel, também verificamos acréscimos representativos no salário de motoristas, preço dos veículos e equipamentos (reboques e semi-reboques), pedágios, investimentos em gerenciamento de riscos, etc. Não seria absurdo afirmar que as tarifas de transportes no Brasil estejam de 1,5 a 2,0 vezes defasadas.

Paralelo a isso, outros fatores têm provocado um maior aumento de custos, como a necessidade de agendamento de entregas no atacado e varejo, os altos tempos improdutivos na carga e descarga, a perda de produtividade nas viagens devido à queda abrupta na velocidade média em função dos congestionamentos nas cidades e estradas, necessidade de novos investimentos por causa das restrições à circulação de veículos nas grandes metrópoles, gastos adicionais para a contratação e retenção de motoristas, cada vez mais difícil de encontrar (já existe um déficit que varia de 10% a 15%), etc.

2011 também se tornarão inesquecíveis para muitos profissionais de logística diretamente ligados à área de transportes, pois neste ano teremos uma visão mais clara e realista da falta de infra-estrutura em estradas, portos, aeroportos e ferrovias. Em 2011 sentiremos com mais intensidade os dissabores do “apagão logístico”, amplamente divulgado por técnicos, especialistas e executivos da área. A falta de uma política de investimentos governamental, em todas as suas esferas de poder, levará o Brasil a um verdadeiro “caos”, que afetará a logística no mercado interno e externo.

Soma-se a isso ainda a pressão dos concorrentes cada vez mais “letais” e “intolerantes” às nossas falhas e a um mercado interno (em especial as classes C e D) ávidos por produtos e serviços. Portanto, qualquer “deslize” de nossa parte na gestão da distribuição e do atendimento ao Cliente, poderá representar a perda de importantes pontos no market share.

Para os profissionais de movimentação e armazenagem não faltarão obstáculos a serem superados. Problemas relacionados ao alto turn-over da mão-de-obra, ao aumento da logística reversa, ao excessivo fracionamento dos pedidos, à dificuldade na unitização das cargas e à necessidade de maior controle sobre avarias e diferenças de inventário serão ainda maiores e contribuirão para uma maior tensão e estresse.

Em 2011 o profissional de logística terá ainda mais que se “equilibrar” na tradicional “gangorra”, ora pendendo para o nível de serviço (cobrança que vem de fora), ora pendendo para o controle dos custos operacionais (cobrança que vem de dentro). Essa equação, difícil de resolver, servirá como um “vestibular” para o sucesso ou insucesso da área de logística.

Vencerão aqueles que diante de tantos obstáculos conseguirem identificar formas de transformar esses DESAFIOS em OPORTUNIDADES.

Será importante desenvolver uma postura colaborativa e uma relação ganha-ganha junto aos seus parceiros na prestação de serviços logísticos, bem como estabelecer formalmente contratos, deixando claro os direitos e deveres de cada parte. A definição de indicadores de desempenho abrangendo produtividade, custos e nível de serviço e o monitoramento dessas informações em tempo real também se constituirão em um importante diferencial neste momento conturbado. E também não se esqueça de estabelecer planos contingenciais para as diferentes situações a serem vivenciadas.

Será também muito importante capacitar todos os níveis da empresa numa visão de MELHORIA CONTÍNUA, que funcione de baixo para cima (bottom-up) para que todas as oportunidades de melhorias, não importando seu tipo ou dimensão, possam viabilizar uma logística mais competitiva, que diante das dificuldades, torne-se um diferencial perante seus concorrentes. Por isso, é importante capacitar tecnicamente a sua equipe, principalmente no nível de supervisores ou coordenadores e encarregados.

Aproveito para desejar-lhes um excelente 2011.Boa sorte e bom trabalho!

Marco Antonio Oliveira Neves, Diretor da Tigerlog Consultoria e Treinamento em Logística Ltda

FONTE - WEBTRANSPO

2 comentários:

  1. Concerteza o ano será de muitos desafios nessa area, afinal a logística é constante no mercado de trabalho e não para de acontecer.

    ResponderExcluir
  2. http://logisticacompartilhada.blogspot.com/

    ResponderExcluir